VIVA MARINA! (UPDATED)

Para uma coisa isso tudo serviu, para retirar qualquer ambiguidade acerca desse governo. Mostrou o que realmente é.
Na verdade, Marina demorou o tempo necessário para ser desfeiteada, desrespeitada *PUBLICAMENTE* , usada o suficiente e  agora – não há mais qualquer dúvida sobre o que é o que é.
Embora com a ressalva que sempre fiz e que os meus amigos mais íntimos sabem, nunca fui petista, muito menos lulista ,  mas  sempre achei que devíamos identificar corretamente quem eram os bad guys. E jamais neguei os mérios que eventualmente esse governo teve.
Mas não dá pra ser acrítico.
Estou chateada, estou arrasada. Dá até vontade de pensar  que Marina era insuportável neste e para este governo por ser tão respeitável.
Desculpem, mas  ‘pessoalmente’ me sinto écartelée. Crushed. Qu se danem os Mangabeiras. $#@%

Aqui vão alguns links da repercussão:

BBC: Saída de ministra afeta imagem do Brasil, diz professor da London School of Economics

RESPEITABILIDADE E RECONHCIMENTO INTERNACIONAL

REUTERS:
Her resignation is a disaster for the Lula administration. If the government had any global credibility in environmental issues, it was because of minister Marina,”

Although Lula has adopted the environmental talk, the practice is development at whatever cost,”

THE GUARDIAN: Fears for Amazon rainforest as Brazil’s environment minister resigns

E mais: se alguém achar que achar que environment  e desenvolvimento a qualquer custo (em qualquer idoma) numa mesma frase é coisa de  (…) ecochatos e outros nomes dados não por mim, mas pelos que acham assim, quero mais é que se “atritem nos moluscos bivalves”.

 Desculpem, sei que os que me entendem, entendem.

ADENDA: Depois de uma conversa e  como resposta a um comment do Milton Ribeiro, um dos mais influentes e conscientes bloggers que pontifica no blogworld, que –  aqui pra nós – não tenhamos falsas expectativas – é o último reduto da informação poucas vezes relevantes:

Ecologia – é bom lembrar – vem do grego oîkos que significa casa, morada  e estabelece relações entre todos os moradores dessa casa no seu sentido primeiro , primevo e ontológico, que são os seres vivos.
Sabe o que é ridículo? é que a gente tenha vergonha, um certo pudor de falar em ecologia,  de  falar em ambientalismo, que é a inglória tarefa  de preservar melhores e maiores graus de qualidade de vida e muitas outras coisas importantes.

E por que? porque temos uma visão empobrecida, paupérrima e dicotomicamente reducionista, de achar que a Natureza, a Terra, só existe e só deve ser considerada como se fosse a *propriedade absoluta* do Homo sapiens sapiens.

(Não sou contra a produção de bens, muito ao contrário, adoro conforto e ter tudo do bom e do marrom (glacê ;-)) e quero que todos tenham também.
Felizmente há quem esteja mais alerta e que possua  inteligência e discernimento de forma mais abrangente e veja que recursos naturais são fonte de vida para todos.
Mas, realmente, como digo sempre, a pior forma de maldade e prejuízo ainda é a ignorância arrogante.

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E uma excelente supresa que a desinformada aqui não conhecia:  Leiam este post  rápido e certeiro, comme il faut : A ministra, os bagres e os cabeças de bagre – com direito à luxuosa caricatura do talentosíssmo e meu caríssimo desde os tempos do NO , o Leo Martins.

E o blog inteiro, que é muito bom, da Marilia.  (bookmark  que vale)
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RECOMENDO VIVAMENTE: O artigo de Gilson Caroni Filho.